terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um Passeio pela Brunheda

Dia 11 de Setembro, numa visita a um familiar na Brunheda, aproveitei para dar um passeio pela aldeia e descobrir os seus encantos, embora já várias vezes tivesse estado e passado nesta localidade, mas nunca tinha dado um passeio pela aldeia.
Brunheda, é anexa da freguesia de Pinhal do Norteconcelho de Carrazeda de Ansiães e situa-se perto do Rio Tua, na estrada que vai do Pombal até ao rio onde existe uma ponte de betão servindo de ligação entre as duas margens do Rio Tua, bem como entre o concelho de Carrazeda e o de Murça e Mirandela, permitindo assim uma ligação mais rápida à IP4 no nó de Murça ou de Alijó. Brunheda, conta ainda com a Linha do Tua, onde tem a Estação junto ao rio, que antes de estar a linha fechada, servia toda a área do Pinhal do Norte e de outras localidades próximas.
Quando cheguei à Brunheda, eram 12:30 horas, parei então o carro na Rua Sr.º dos Passos, junto à capelinha e segui a pé, pela estrada até ao Largo do Olival.
Neste largo existe um Coreto e no centro do largo há um jardim com bancos onde os populares se podem sentar à sombra das árvores. No meio do jardim há uma fonte tendo um tanque de um e de outro lado. É aqui neste largo que se costumam juntar alguns populares e onde fica a paragem dos autocarros e se realizam as festas da aldeia. Bem ali ao lado existe também uma fonte antiga em granito, com arco redondo, estando esta cheia de água.
Depois segui até a Igreja Matriz, que se encontra logo em frente, encontrando à entrada desta duas rodas de moinho, não deixando de as fotografar. Em frente à Igreja existe uma casa antiga de construção em granito, chamando a atenção as suas varandas pela beleza das grades em ferro, conforme se pode constatar na fotografia.
De seguida segui pela Rua da Capela, parando aqui e além, apreciado algumas das casas antigas, donde se destaca as escadas em granito para o exterior. Segui até à Rua da Escola, voltando depois para traz, novamente até ao Largo do Olival, subindo a Rua Augusto Martins.
Nas ruas, junto às paredes de algumas casas, há plantas de jardim floridas, dando assim uma visão alegre às ruas e às próprias casas, como é o caso de uma casa na Travessa dos Lavadouros, tendo ela toda a parede coberta de flores e vasos com flores em frente de uma porta, que parece não abrir já há muito tempo.
Além das ruas, existem alguns becos, com ligação apenas para algumas casas particulares, não havendo continuação. Cheguei mesmo, a encontrar uma placa, onde se lê: “Beco do fontanário do Canto”, pois segui por esse beco à procura do fontanário e logo o encontrei, mas água nada de a ver. Andei um pouco mais, mas logo me apercebi, que a rua ficava por ali até umas casas particulares, estava de facto num beco, sem saída, bom só me restou mesmo voltar para traz.
Foi então que segui pela Travessa dos Lavadouros, terminando mesmo ao pé dos mesmos, cobertos em telha, por o lado debaixo da rua, com vários tanques, mas também sem qualquer vestígio de água, tendo mesmo as saídas das torneiras tapadas. Noutros tempos, teriam estados cheios de água e de mulheres a lavar a roupa, mas hoje, devido às máquinas de lavar, ali ficam na solidão. Dali, conseguem-se ver as vinhas nas encostas do outro lado do Rio Tua, concelho de Murça.
Voltando para traz, segui em direcção ao Largo da Portela, e depois deste chamou-me a atenção a construção de uma casa, parecendo um templo romano, seguindo depois em direcção à Rua do Barrinho.
Tinha pensado fazer umas fotografias panorâmicas da aldeia, mas não sabia donde conseguiria ter uma vista panorâmica da mesma. Entretanto vejo um enorme rochedo granítico, pensei logo em subir até ao topo deste e assim fiz. Lá estava eu no cimo daquele rochedo, donde conseguia ver toda a aldeia, bem como os montes do outro lado do rio. Depois de contemplar toda a aldeia, desci junto de alguns sobreiros, que ali existem, fazendo umas fotos da aldeia por entre os ramos conseguindo assim um óptimo enquadramento.
Depois disto, desloquei-me até casa do meu familiar, fazendo ainda algumas fotografias dos figos nas figueiras e de outros que estavam a secar ao sol em cima de plásticos, não deixei também de fotografar algumas uvas nas latadas bem como algumas flores.
Foi sem dúvida um passeio agradável, pelas ruas da aldeia, onde encontrei alguns populares, ficando estes, um pouco surpreendidos pela minha presença, pois isto acontece, quando se passeia por algumas aldeias, onde algumas pessoas, ficam com certo receio, quando vêm um estranho, perto de suas casas e mais ainda a fazer fotografias. Bom, não é de estranhar que assim reajam, pois nos tempos que correm e com certas coisas que se vêm acontecer, nunca é demais ter cuidado e tentar evitar estranhos. Mas o fotógrafo, só tem uma intenção, registar o que as nossas aldeias têm de belo.

Sem comentários: