quarta-feira, 28 de abril de 2010

Exposição de Fotografia de Jorge Delfim "Uma Cruz em Sampaio"

A Exposição de Fotografia de Jorge Delfim "Uma Cruz em Sampaio", vai estar patente ao público no dia 02 de Maio, no Largo da Fonte em Sampaio, onde vão decorrer as Comemorações do 1.º Centenário da Vida e Obra do Sr.º Reitor de Sampaio, tendo sido aí pároco e foi quem mandou há 130 anos, erguer a Santa Cruz em Sampaio. Esta cruz fica situada no cimo de um cabeço, localizado a seguir ao ribeiro de Roios, entre Sampaio e Lodões. No mesmo dia realizar-se-a também a Festa de N.ª Sr.ª da Rosa.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Santa Leocádia em Torre de Moncorvo

Quem sobe à Santa Leocádia, consegue ter uma visão aérea sobre a vila de Torre de Moncorvo, como se pode verificar nas imagens.
Ali existe uma capela com as imagens de S. Bento, com um livro na mão e um báculo de Abade e um corvo aos pés, Stª Escolástica (irmã de S. Bento) e Santa Leocádia.


Ao lado da capela tem um rochedo onde está fixada uma cruz, a qual se avista desde a vila e à volta do miradouro existe uma grade servindo de segurança para quem queira apreciar e ter uma visão geral da vila.


Quem ali subir, além da vista magnífica da vila, também tem o prazer de respirar o ar puro dos pinheiros da serra e apreciar toda a fauna e flora envolvente, principalmente agora nesta altura do ano, podendo encontrar plantas e arbustos floridos, embelezando e perfumando do ambiente.

Acessos: Seguir a antiga estrada Moncorvo - Pocinho e virar no cruzamento para a Açoreira e depois à esquerda, agora por estrada asfaltada até à Santa Leocádia.

domingo, 25 de abril de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

Passe de Rua em Torre de Moncorvo

O Programa Passe, no dia 20 de Abril, levou à rua, mais propriamente ao Largo da Corredoura, os alunos do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo.
PASSE é a designação de Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar, que promove comportamentos alimentares saudáveis, contribui para que exista um ambiente promotor da saúde , especialmente no que se refere à alimentação, trabalha a actividade física e mental e saúde oral.

No Largo da Corredoura, estavam representados vários produtos alimentares e foram distribuídas t shirts de cores diferentes às crianças, formando várias equipas, sendo realizados alguns jogos, uma vez que este programa de saúde escolar visa a promoção da saúde e o desenvolvimento de competências básicas como condutor das aprendizagens através de jogos. A ideia era começar a trabalhar com as crianças, dizer–lhes o que devem ou não comer e como podem substituir alguns alimentos por outros mais saudáveis.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Festa de N.ª Sr.ª da Rosa/1.º Centenário da Vida e Obra do Sr.º Reitor de Sampaio

Sampaio, dias 1 e 2 de Maio, vai estar em Festa. Já lá vão alguns anos que as gentes desta aldeia do concelho de Vila Flor, não saboreiam o gosto de um bailarico nas festas em honra de Nossa Senhora da Rosa.
Era hábito na aldeia realizarem-se duas festas durante o ano, ambas em honra de Nossa Senhora da Rosa, uma no primeiro fim de semana de Agosto e outra no primeiro fim de semana de Maio.

A aparição de Nossa Senhora da Rosa, deu-se junto à Ribeira da Vilariça, onde se construiu uma capela em sua honra e onde faziam a festa a Nossa Senhora e tendo-se ali realizado noutros tempos uma feira franca.

Mais tarde resolveram passar a fazer a festa na aldeia, nas datas referidas anteriormente, ficando a imagem de Nossa Senhora na Igreja Matriz de Sampaio. A capela de N.ª Sr.ª da Rosa, junto à ribeira da Vilariça, mantém-se lá, mas sem a imagem e sem missas, o que é pena, pois as festas de antigamente, junto à ribeira deviam ser interessantes. Mas pode ser que um dia, quem sabe voltemos a ter festa junto à ribeira.

Sempre me lembra, tanto a festa de Maio como a de Agosto, serem grandes festas, principalmente a do mês de Agosto, que juntava bastante gente, devido nessa altura haver bastantes imigrantes na aldeia. Era costume haver uma celebração eucarística, seguida de procissão pelas ruas da aldeia, que nunca se deixou de fazer havendo ou não festa, depois à noite havia bailarico, não esquecendo o bazar e arrematação de algumas ofertas para a Santa.
Este ano, para além da festa em honra de Nossa Senhora da Rosa, também vai ter lugar o 1º Centenário da Vida e Obra do Reitor de Sampaio - Pe. José Tibúrcio de Azevedo.

Pe. José Tibúrcio de Azevedo, nasceu em Sampaio, tendo sido aí pároco e foi quem mandou há 130 anos, erguer a Santa Cruz em Sampaio. Esta cruz fica situada no cimo de um cabeço, localizado a seguir ao ribeiro de Roios, entre Sampaio e Lodões.

Para aqueles que não sabem quem foi o Pe. José Tibúrcio de Azevedo, deixo aqui um texto elaborado, pelo Pe. Joaquim Leite, sobre a Vida e Obra do Sr.º Reitor de Sampaio:

Pe. José Tibúrcio de Azevedo - Nasceu em Sampaio, na Vilariça, em 1829. E Lá repousa, na Igreja Matriz, desde 1909. Não foi possível apurar a data da sua ordenação. Mas, em Janeiro de 1859, foi nomeado pároco recomendado da sua terra natal e, provavelmente, de Lodões e de Roios. Passa mais tarde a Reitor, o “Reitor de Santo André de Sampaio de Villa Flôr”, sendo referenciado no Discorsi Del Sommo Pontefice Pio IX , por II Pius, datado de 1878, como “utile dare i nomi nell´idioma originale di questo primo importante pellegrinaggio portoghese: P. José Tiburcio de Azevedo, Reitor de Santo André de Sampaio de Villa Flôr…» assim se mantendo até à sua morte.
O Sr. Reitor nada escreveu sobre si mesmo. Também não consta que outros o tenham feito. Deixou, contudo, memória na tradição oral. Com os testemunhos recolhidos, quase todos em segunda e terceira mão, foi possível reconstituir o perfil humano e sacerdotal desse homem de Deus. Bem cedo a sua acção pastoral ultrapassou os limites geográficos da paróquia. Não que fosse ele a transpô-los. Mas porque, de perto e de longe, as pessoas vinham ter com ele para se aconselharem e confessarem os seus pecados. Bem pode dizer-se que foi o guia espiritual da Vilariça. O seu grande carisma parece ter sido o ministério da Direcção Espiritual que exige muita disponibilidade de tempo, grande capacidade de escuta e muita gratuitidade a vários níveis. O primeiro centenário da sua morte, que ocorre neste ano de 2009, e o Ano Sacerdotal inaugurado por Bento XVI em Junho passado são duas oportunidades a não perder para reavivar a memória daquele que, dalgum modo, e salvas as devidas distâncias, foi Cura d´Ars da Vilariça.
O Sr. Reitor foi certamente mais moderado nos jejuns e penitências que o patrono do Ano Sacerdotal. O seu nome nunca ultrapassou o Vale da Vilariça nem na vida nem na morte. Também nunca será santo de altar. Mas pela sua espiritualidade enraizada na Cruz e nos Corações de Jesus e Maria, pela sua solicitude para com todos os que vinham ter com ele e pelo sentido de rectidão e justiça, o seu nome, está, sem dúvida, inscrito no calendário dos santos anónimos com solenidade anual no 1º de Novembro.

O maior testemunho da sua vida foi e é a Cruz implantada no cume alcantilado do Cabeço de São Pedro. Este monte, visível de toda a Vilariça, delimita os termos de Sampaio, de Lodões e de Roios.
Para os Vilariços, o Monte da Santa Cruz é um lugar mítico, histórico e santo. Mítico porque ele guarda nas profundezas das suas entranhas, os mitos e lendas de todo o Val; histórico porque foi castro romano cujos vestígios foram estudados pelo Dr. Santos Júnior, da Universidade do Porto; e santo desde que no seu cume foi implantada a Santa Cruz. O Dr. Santos Júnior, no seu estudo publicado, O Castro de Sampaio, (e também de Lodões), alude, juntamente com a tradição, às peregrinações do três de Maio em que a Liturgia celebrava então a Invenção da Santa Cruz.
Com o peso dos anos, a Cruz, que é de zimbro, está hoje ligeiramente inclinada como a Torre de Pisa. Mas, como não goza da sua celebridade, vai tombar mais dia menos dia. Implantada há cerca de 130 anos, é quase por milagre que ela ainda se mantém de pé. Permitirá a Fé e o brio dos Vilariços que se apague este sinal de Esperança em boa hora ali implantado? Guardar religiosamente a velha cruz como preciosa relíquia e implantar uma nova de matéria mais sólida seria a melhor maneira de celebrar o primeiro centenário da morte do Sr. Reitor e o Ano Santo Sacerdotal. Já nem se fala em valorizar culturalmente o lugar. Quem se atreve a subir lá fica pura e simplesmente deslumbrado.”
Texto elaborado pelo Pe. Joaquim Leite
Fica aqui um convite a todos que queiram visitar Sampaio, estarem à Festa em honra de N.ª Sr.ª da Rosa e assistirem às Comemorações do 1.º Centenário da Vida e Obra do Senhor Reitor de Sampaio.

Rio Sabor "O Princípio do Fim"

Para completar as postagens anteriores Procurando os encantos do Sabor por terras do Felgar e Procurando os encantos do Sabor por terras do Felgar (Vídeo) , deixo aqui este vídeo que intitulei: Rio Sabor "O Princípio do Fim" .

A construção da barragem, irá por fim aos encantos deste rio selvagem. Nas caminhadas, que já fiz no Rio Sabor, encontrei coisas que não pensava encontrar e que daqui a algum tempo não poderei voltar a ver, apenas recordarei na memoria e através destes registos.

O Rio é tão lindo, que pena que acabe assim!

Procurando os encantos do Sabor por terras do Felgar (Vídeo)

Afim de complementar a postagem anterior "Procurando os encantos do Sabor por terras do Felgar" , deixo aqui este vídeo, onde se pode saborear os encantos do Sabor.

Ainda no contexto desta caminhada no rio Sabor por terras do Felgar, colocarei de seguida um outro vídeo, onde se pode ver movimentação de algumas máquinas na construção da barragem do Baixo Sabor, que irá pôr fim a estes encantos e outros que ainda podemos encontrar ao longo do rio, mas que depois apenas ficarão na nossa memoria ou em registos como estes.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Procurando os encantos do Sabor por terras do Felgar

Mais uma vez, decidi fazer uma caminhada pelo Sabor, desta vez por terras do Felgar. Quando decidi fazer esta caminhada era com o intuito de visitar dois lugares que irão ficar debaixo de água, devido à construção da barragem do Baixo Sabor, era então para visitar Cilhades e depois caminhar até Santo Antão da Barca, o que não veio a acontecer, pois quando cheguei junto ao rio decidi alterar os planos.
Foi então dia 9 de Abril de 2010, que realizei esta caminhada. Depois de deixar a sede do concelho (Torre de Moncorvo), segui em direcção ao Carvalhal, seguindo para o Felgar. Já dentro do Felgar, a vontade de parar e fazer algumas fotografias da aldeia era grande, mas não podia perder tempo, pois tinha muito para andar.

Não fazendo a vontade ao meu ego, sigo então a estrada em alcatrão que me levaria até bem perto do rio, continuando depois em terra batida. Ao meio da estrada parei para fotografar umas alminhas e fazer umas panorâmicas do rio e toda a zona envolvente ao mesmo, donde pude ver algum movimento dos camiões na construção da barragem do Baixo Sabor e donde tive também uma vista geral de Cilhades, aldeia pertencente ao Felgar, situada na margem direita do rio, estando agora abandonada, mas onde noutros tempos ali viveram algumas famílias. Entrei no carro, vindo a parar junto ao rio, eram então 10:00 horas da manhã. Qual o meu espanto quando vejo que as águas do mesmo, não me permitiam passar pelo pontão para a margem direita do rio. Não havia então possibilidades de visitar Cilhades, foi então que decidi alterar os planos.

Como também tinha uma certa curiosidade ver o andamento das obras da barragem que irá destruir toda aquela paisagem maravilhosa que o rio oferece, resolvi então caminhar até ao local onde estão a decorrer as obras, pois não era muito longe dali, dava para ver os camiões do local onde me encontrava. Mas ai, surgiu outro problema, o acesso para o caminho que me levaria até esse local, estava também coberto com as águas de um ribeiro que vinham ali a desaguar ao rio, bom tive então que contornar o ribeiro procurando um sitio onde pudesse passar para o outro lado. Um pouco mais acima, lá consegui passar e segui por um monte, onde existem algumas oliveiras abandonadas, até conseguir chegar ao caminho. Cheguei então ao caminho, onde parei para fotografar o rio e os montes que o rodeiam. Linda imagem com que me deparava, as árvores e os montes reflectiam-se nas águas do mesmo, criando assim uma imagem extraordinária.
São momentos como estes que em pouco tempo quem por ali passar não vai ter oportunidade de admirar.

Deixando esta imagem, segui então o caminho por meio de um olival até chegar bem próximo do local das obras. Fiquei admirado, estupefacto, com o que via, como aquele lugar esta! -se uma grande área ocupada pelas obras e escavada, onde maquinaria não falta, maquinas a trabalhar e camiões a circular, transportando aterro/pedregulho fazendo um enorme paredão.

Olhei em redor vendo toda aquela área envolvente ao rio e pensei para os meus botões: “ O que estão a fazer! Toda esta paisagem maravilhosa daqui a algum tempo se deixara de ver! Mas que pena!”
Virando as costas aquele cenário, regressei pelo caminho novamente até ao pontão, onde tinha deixado o carro, eram então 12: horas. Como não dava para passar para a outra margem para visitar Cilhades, limitei-me a fotografar e filmar esta, da margem do lado de cá.

Há um caminho em terra que segue ao longo do rio dando acesso aos terrenos agrícolas que por ali se encontram, pois toda esta área envolvente ao rio é montanhosa, mas com terrenos cultivados, não se encontrando grandes rochedos, sendo completamente diferente daquela que encontrei na caminhada que realizei no dia 6 de Abril, em que é mais agreste e montanhosa, com bastantes rochedos. Segui então pelo caminho, e então em frente a Cilhades, desci até à beira do rio e passado alguns instantes vi uma lontra no meio do rio, nisto tirei a câmara de filmar e preparo-me então para registar esse momento, mas sem sucesso, assim que ligo a câmara ela mergulha, não voltando a vê-la.
Cilhades encontrava-se logo a seguir ao rio do outro lado, com bastante pena não poder visita-la, dali a fotografei e filmei, destacando-se entre as casas em pedra a capela caiada de branco.

Segui o caminho, mas logo mais à frente chamou-me a atenção um pilar de uma ponte, mas sem ponte e então desci novamente até ao leito do rio. Ai vi um outro pilar, era de facto resultado da construção de uma ponte, pensei que teria sido uma antiga ponte que alguma cheia tive-se levado, mas ouvi dizer que essa ponte não acabou de ser construída, ficando-se apenas pelos pilares. Caso não tivesse sido assim agradeci informação sobre esta ponte.

Ali o espaço envolvente ao rio, encontra-se coberto por uma grande vegetação, destacando-se alguns freixos.

Ali se encontram dois pombais, completamente abandonados, onde um deles em forma circular se encontra completamente revestido de silvas, enquanto o outro não me pareci pombal algum, pois não era em forma circular, quase me parecia uma casa, só depois de ver o interior a que verifiquei que era um pombal, onde se destacam os vários orifícios que serviam de ninho para as pombas.

Mais à frente , ai sim há uma casa de habitação, onde parte dela já caída. Depois de ter visitado os seus interiores e feito algumas fotografias do interior para o exterior através de algumas portas e janelas, deixei esta e segui caminho.

Um pouco mais à frente senti o barulho de água a correr, apercebi-me que estava perto de um ribeiro.

Dirigi-me então a esse ribeiro, ribeiro dos moinhos, que vem do Souto da Velha, passando por meio de algumas silvas, ai fiz algumas fotografias daquela corrente de água, mas chamou-me a atenção um barulho ainda mais forte de água e dirigi-me até esse barulho, quando depara com uma magnífica cascata de água. Ali estive algum tempo a adimira-la, fotografando-a e filmando-a. Era sem dúvida uma coisa extraordinária, pois já algum tempo que andava com vontade de fotografar uma cascata de água.

Depois de algumas fotografias, regressei ao caminho, que passava por cima dessa queda de água, apreciado as flores campestres que surgiam ao longo do caminho e os montes envolventes ao rio.

Cheguei a um local, onde avistei um enorme rochedo do outro lado do rio e à direcção desse foi aí que resolvi não seguir mais em frente, pois já estava a ficar tarde e tinha que estar em Torre de Moncorvo às 17:00 horas, e como tinha que voltar para traz até onde tinha deixado o carro, tinha mesmo que ficar por ali. Ai sentei-me à sombra a comer alguma coisa e depois regressei, sempre pelo caminho, parando por vezes para alguma fotografia, chegando ao local donde tinha partido às 16:30 horas, regressando de seguida a Torre de Moncorvo.

Foi assim mais uma caminhada pelo Rio Sabor, registando na memoria, na fotografia e na filmagem a magnífica paisagem envolvente ao rio Sabor, que em bem pouco tempo não voltarei a ter o prazer de apreciar como agora se encontra, devido à construção de uma barragem.

A próxima postagem mostrará está caminhada em formato de vídeo.

domingo, 18 de abril de 2010

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

Para assinalar o dia Internacional dos Monumentos e Sítios, comemorado hoje dia 18 de Abril de 2010, deixo aqui uma fotografia do Castelo de Bragança, cuja construção se iniciou em 1409, terminando 30 anos depois.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Caminhada no Rio Sabor (Vídeo)

Para complementar a postagem anterior, relativa à Caminhada no Rio Sabor entre a Portela e um pouco mais acima da antiga barragem da quinta da laranjeira, em 6 de Abril de 2010, realizei este vídeo, onde se pode ver a paisagem deslumbrante que este rio oferece.
Mas esta paisagem está a ver chegar o seu fim com a construção da barragem do Baixo Sabor.
Para que todos um dia possamos recordar aquilo que nos estão agora a retirar, aqui fica este vídeo.
Já algum tempo tinha feito uma caminhada no Rio Sabor , da Foz à Ponte do Sabor e depois desta do dia 6 de Abril, já fiz uma outra no Sabor, mas noutra zona: no Felgar, de que falarei numa próxima postagem.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Caminhada no Rio Sabor

Mais uma caminhada no dia 6 de Abril de 2010, desta vez ao longo do Rio Sabor, enquanto ainda é selvagem, pois dentro de alguns tempos deixara de o ser devido a construção da Barragem do Baixo Sabor.

Eram então, 08:00 horas da manhã, quando cheguei à Portela, ali deixei o carro e pus a mochila às costas com alguns mantimentos como acontece sempre quando as caminhas ocupam praticamente todo o dia, não faltando a câmara de filmar e a de fotografar para registar a bela paisagem que o Sabor oferece.

Segui pela lado direito do rio, por um caminho em terra, começando por fotografar a ponte do Sabor e algumas flores campestres, como a papoila, entre outras, marcando a Estação do ano em que estamos, que é a Primavera.

Depois de caminhar alguns 2 km pelo caminho, deixei-o e segui junto às margens do rio, permitindo-me fazer algumas fotos próximo das águas do mesmo.

Depois de ter andado aí uns 3 km do local de partida, cheguei junto da antiga barragem da Quinta da Laranjeira.

Quinta esta que se encontra da outra margem do rio.

Ali a água corria por cima do paredão feito em betão , onde numa das partes que se encontrava fora de água contem as datas da construção da mesma.

Depois de ter feito algumas fotografias e ter filmado aquele local, continuei a minha caminhada, sempre junto as margens do rio, saltando de pedra em pedra, pois é coisa que ali não falta.

Depois de andar mais alguns 500 metros, avistei um pilar com marcações, para verificar o nível da água e bem mais acima das margens do rio há uma casa, havendo umas escadas até esta.

Subi até lá e verifiquei que era algo que tinha a ver com a construção da tal barragem, pois tem uma placa que diz: “Património do Estado”. Dali consegue-se uma vista espectacular do rio e dos enormes rochedos que o rodeiam.

Deixei este local, descendo por outras escadas ali existentes em direcção a um carreirão, que me levou, junto de um local quase junto da margem do rio, qual foi o meu espanto quando dei com um monumento em pedra com uma cruz gravada, e os seguintes dizeres: “ A memoria do topografo Luís Morais morto desastradamente neste local em 3-08-935 ao serviço da nação”.

De seguida desloquei-me até um enorme rochedo, onde parei para apreciar o rio e meter alguma coisa à boca, pois já eram 11:30 horas.

Depois de comer, voltei a por pés a caminho desviando-me um pouco da margem do rio e subi até a um rochedo, onde vi uma abertura, qual o meu espanto ao chegar junto dele! Estava perante um túnel feito na rocha, tinha alguns 20 metros de cumprimento, onde havia vestígios de alguns morcegos.

Voltei a descer junto do rio, para mais umas fotografias das águas do mesmo e andando mais um pouco, cheguei a um ribeiro, vindo este a desaguar ali. Era lindo de se ver, pois a queda da água formava uma pequena cascata, que não deixei de fotografar.

Com tanto entusiasmo para fotografar aquela maravilha, aconteceu aquilo que não devia ter acontecido, escorreguei nas pedras húmidas no momento que estava a fotografar e lá foi a máquina para o charco, ficou completamente encharcada. Eram então 13:20 horas, não havia mais nada a fazer, se não regressar, pois a bateria da câmara de filmar também já não dava para muito mais e com a máquina fotográfica encharcada não dava para registar mais nada. A única solução era mesmo o regresso e assim aconteceu. Mas houve outra alternativa para registar o regresso, mesmo depois de a bateria da câmara de filmar acabar, o telemóvel lá fez mais algumas fotos, até ao local donde parti.

Cheguei junto do carro eram umas 15:15 horas. Durante o regresso sempre com a objectiva virada ao sol para ver se a humidade desaparecia, mas sem sucesso, nisto já no carro ligo o condicionado no quente virado para a maquina e aconteceu aquilo que eu esperava , lá voltou a maquina a ser maquina, mas que grande maquina! O que ela já sofreu desde que me acompanha e parece não me querer largar.

Foi assim mais uma aventura desta vez pelo Sabor, vendo e registando aquilo que em bem pouco tempo irá ficar debaixo de água.