domingo, 6 de fevereiro de 2011

Poema ao Rio Sabor

Lembras-me águias-reais
Deslizas tão indolente
Saudades cada vez mais
Deste rio desta gente

No teu espelho de água
Onde me delicio a rigor
Apenas me fica a mágoa
Não te ver mais vezes...Sabor

Em ti deito o meu olhar
E ao descansar no teu leito
Quanto mais me aproximar
Mais tu te colocas a preceito

Cresce em mim a ansiedade

Em ti coloco o meu peito
Este rio de saudade
Lembra-me um amor-perfeito

As tuas águas tão livres
Passam calmas e silenciosas
Ultrapassam pequenos declives
Nas imensidões invernosas

Nas tuas margens verdejantes
Olho tudo em teu redor
E as papoilas saltitantes
Lembram-me o meu amor

Quando te ouço cantar
Penso seres uma sereia
Que vontade de te amar
Que saudade da minha aldeia


Autor: Fernando Silva

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Fotografia: Margem direita do Rio Sabor (do outro lado da Quinta da Laranjeira - 04/2010)

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