Já lá vai algum tempo, quando captei estas imagens da aldeia de Folgares, isto a 4 de Julho de 2008. Quando regressava de Codeçais a Vila Flor, depois de Zedes virei no cruzamento à esquerda em direcção a Folgares, descendo a Freixiel seguindo para Vila Flor. Normalmente não faço este trajecto, mas nesse dia por curiosidade resolvi faze-lo. Pois Folgares apesar de pertencer ao concelho de Vila Flor, não é aldeia do concelho que se oiça muito falar, talvez devido à sua distância, ficando mais próxima de Carrazeda de Ansiães. Ainda me lembro, quando frequentava o ensino Secundário em Vila Flor, de fazer um trabalho sobre as aldeias do concelho, sua localização geográfica e distancia à sede do concelho. Foi na realização desse trabalho, que fiquei a saber da existência dos Folgares e que a mesma pertencia ao concelho de Vila Flor. Talvez esse desconhecimento, também derivado a não haver alunos dos Folgares a estudar em Vila Flor, pois esses frequentavam a escola em Carrazeda de Ansiães, por ficar mais perto, passando-se o mesmo com resto da população, deslocando-se estes com mais frequência a Carrazeda do que a Vila Flor. Mas o facto, é que Folgares pertence à freguesia de Freixiel desde o séc. XII.
Antes de chegar à aldeia depara-se com uma placa com a descrição "Folgares", podendo dali ver-se bem lá no fundo do vale a aldeia de Freixiel, à qual se chega por uma estreita estrada calcetada, com uma descida bastante acentuada, curva após curva, onde dificilmente um carro se pode cruzar por outro. Como já era um pouco tarde e não dispunha de muito tempo, não pude fazer um passeio pela aldeia e com muita pena não subir ao miradouro da Gralheira, a 735 metros de altitude, donde se pode vislumbrar uma bela paisagem bucólica e repousante. Na aldeia, destacam-se a capela de S. Luís, no meio da povoação, ruas típicas e o largo de S. Luís. Possui também um Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo. Ao longo da estrada de Zedes até os Folgares, pode-se ver algumas das obras da natureza, figuras constituídas em granito de várias formas, parecendo mesmo obra de mão humana. Algumas dessas enormes rochas graníticas, parecendo monstros no meio dos campos, foram em tempos, aproveitadas para casas de campo, como se pode ver nas figuras ao lado. Ao vê-las, não pude deixar de parar e visitar o seu interior. Ao aproximar-me, pude verificar realmente o seu tamanho e a sua configuração. Inicialmente, apenas tinha uma pequena abertura, onde alguém construiu uma parede também em granito, com uma porta de madeira ao centro, existindo, agora apenas as dobradiças. Ao entrar no seu interior, fique estupefacto, pois parecia mesmo o interior de uma habitação, o espaço era grande e de uma altura considerável. Mesmo ali ao lado existe uma outra rocha granítica, aproveitada também com o mesmo fim. De certeza que nas redondezas existem outras rochas de configuração semelhante e aproveitadas também para casas de campo, a descobrir numa próxima passagem por Folgares. Ao passar pela aldeia, como já referi anteriormente, gostaria te ter parado e passear pelas ruas da mesma e ter subido ao miradouro da Gralheira, a 735 metros de altitude, para poder apreciar a paisagem envolvente, mas ficaria para uma próxima passagem por Folgares, com mais tempo disponível. Quem sabe essa visita não seja para breve e a descrever aqui no blogue.
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