sexta-feira, 24 de abril de 2009

Escola Primaria de Sampaio

Foi aquí, nesta escola, que aprendi a ler e a escrever, que frequentei desde a 1.ª classe à 4.ª classe. Ainda recordo com saudades o tempo que passei na companhia de professores e colegas, trabalhos realizados, brincadeiras no pátio e recinto da escola. Que saudades dos companheiros, das brincadeiras e da professora Anabela! Recordo também aqueles dias de chuva, em que eu ia para a escola a pé, pelo caminho desde a Quinta onde morava até chegar à escola.
Ainda guardo alguns livros da escola primaria, trabalhos feitos na escola e um livrinho de histórias que me foi oferecido pela professora Anabela.
É com saudades e tristeza que olho para a escola onde aprendi a ler e a escrever, saudades pelos bons momentos que alí passei na companhia de colegas e professores, tristeza por se encontrar ao abandono. Que tristeza, ver a erva crescer naquele recinto, não haver meninos a correr para não a deixar crescer. Esta postagem é dedicada a todos os alunos e professores que por esta escola passaram.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

1.º Festival de Canoagem da Terra Quente

1.º Festival de Canoagem da Terra Quente no Rio Tua, a decorrer de 17 a 19 de Abril.
Na Postagem "Linha do Tua (Abreiro - Cachão) ", digo que a seguir à Ribeirinha vi alguns praticantes de canoagem, talvéz fosse um treino para este Festival.
Para saber mais e inscrever-se clique aqui:
Para ver o cartaz num tamanho maior clique aqui:

A Lenda da "Ponte do Diabo"

Num dos comentários à mensagem “ Linha do Tua (Abreiro - Cachão)", fala-se na Ponte do Diabo. Já tinha colocado uma fotografia da mesma num dos postais postados na mensagem “Linha do Tua (Codeçais-Abreiro-Codeçais". Para quem não sabe nada da "Ponte do Diabo", aqui fica uma pequena explicação:

Quem se desloca pela Linha do Tua, de Abreiro em direcção ao Cachão, a seguir à Estação de Abreiro avista as ruínas da antiga ponte. Diz-se que de construção, era muito bela e ficava situada num abismo. Mas, a grande cheia de 1909, devido à grande quantidade de árvores que as águas do Rio Tua traziam, fizeram-na ruir e, nunca mais foi reconstruída.”Diz a Lenda que a Ponte foi construída de noite pelo Diabo, que prometeu também fazer uma Estrada da Ponte à Povoação, a troco da alma que uma Moça lhe entregaria para mais comodamente passar o Rio, a fim de ir buscar água a uma Fonte, sita na margem esquerda. Segundo as cláusulas do contrato, o Diabo daria a Ponte construída numa só noite, antes de cantar o Galo. Quando mais afanosa trabalhava uma Legião de Demónios, carreando, aparelhando e assentando pedras, cantou o Galo.
Que Galo é?
Perguntou o Rei das Trevas infernais.
Galo Branco, responderam-lhe.
Ande o canto! Ordenou ele. A breve espaço novo Có-Cró-Có se ouviu. Que Galo é? Tornou o mesmo.
Galo Preto.
Pico quedo!!! Vociferou ele. Falta apenas uma pedra por assentar nas guardas da Ponte e assim ficou, pois, por mais vezes que os Homens a tenham lá colocado, aparece derrubada no Rio na noite seguinte".

A nova Ponte sobre o Rio Tua, que agora existe, foi inaugurada em 11 de Setembro de 1941. É de uma altura estrondosa, donde se pode ver a Estação de Abreiro e a bela paisagem do Rio Tua.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Linha do Tua (Abreiro - Cachão)

Dia 11 de Abril, foi dia de mais uma caminhada na Linha do Tua, desta vez de Abreiro até ao Cachão, onde percorri 12,60 quilómetros, em seis horas.Saí de casa em direcção ao Cachão, onde cheguei às 9:30 horas, esperando pelo táxi que ia para o tua, o qual ali chegou quando faltavam 10 minutos para as dez da manhã, era o Sr. Fernando que já conhecia da caminhada que fiz do S. Lurenço à Foz Tua.
Esperamos ali até que chegasse o metro que vinha de Mirandela. Assim que chegou o metro dirigi-me ao maquinista para tirar o bilhete até Abreiro.
Como já acontecera da outra vez que apanhara o táxi do Tua até ao Pombal, eu era o único passageiro. Depois de um dedo de conversa durante a viagem com o Sr. Fernando (taxista), chegamos então a Abreiro eram 10:20 horas. O táxi seguiu para o Tua e eu ali fiquei na ponte de Abreiro para mais uma aventura na Linha do Tua.
Depois de umas fotografias e filmagens de cima da ponte desci até à Estação para dar assim início a mais uma caminhada.
O dia estava óptimo, favorável à fotografia, umas poucas de nuvens entre o céu azul, o que torna as fotografias magníficas, quando fotografamos as águas do rio reflectindo-se nelas as nuvens brancas.
A linha estava linda, rodeada de flores, o que caracteriza bem a Estação do Ano em que estamos. A Primavera é linda!
Ao quilometro 31, deparei com uns enormes rochedos, reflectindo-se nas águas do rio, magníficas esculturas naturais, feitas pelas correntes das águas.
Mais à frente avistei uma pessoa pensando que era alguém que também andasse a fotografar a linha, mas ao chegar mais próximo, vi que se tratava de um pastor com um rebanho de cabras. Andavam estas a pastar ao longo da linha, pois a erva verdejante junta à linha é propicia. Deixou de circular o metro na linha, mas não deixa de haver quem por ela caminhe. Não deu para saber donde era este rebanho, pois quando me cruzei com o pastor, este estava ao telemóvel e apenas demos as boas horas, mas penso que seria da Ribeirinha, pois não estava assim tão longe.
Continuando a caminhada, um pouco antes de chegar ao quilometro 33, deixo a linha e dirijo-me para o rio para fazer umas fotografias do rio, seguindo por este até bem perto da Ribeirinha.
Volto então à linha, estava já eu a chegar à Ribeirinha. Quando cheguei à Estação da Ribeirinha, lá estava o Sr.º Abílio sentado, a ouvir rádio e a ler jornal. Ali parei e conversámos um pouco, vindo eu a saber que a esposa do Sr.º Abílio, era da terra da minha esposa, de Codeçais. Como o Mundo é pequeno! Depois de uma conversa a três, despeço-me destas amáveis pessoas e continuo a minha aventura.
Depois de deixar a Estação da Ribeirinha, desço até a margem do rio, para filmar e fazer umas fotografias à açude que ali se encontra.
Subo novamente à linha e sinto barulho do outro lado da margem do rio, nisto vejo vir alguém rio abaixo de canoa, como estava um pouco desviado do rio não deu para fotografar, apenas filmei, uma vez que o zoom da câmara de filmar atinge maior distância.
Esperei mais um pouco a ver se vinham mais e nada, já estava bem desviado do rio quando sinto falar, eram mais três, desço então até ao rio, dando ainda para fazer uma foto. Como também ainda não tinha comido parei por ali a ver se vinham mais e para comer alguma coisa.
Não vieram, mas ali fiz umas fotografias magníficas, onde as nuvens se reflectiam nas águas do rio.
Deixei o rio e voltei à linha, mas quando já estava perto do Vilarinho, regressei novamente ao rio, voltando a fazer mais umas fotografias com as nuvens reflectidas no rio.
Passando por algumas hortas, regressei à linha chegando assim à Estação do Vilarinho. Logo a seguir encontra-se a ponte que faz ligação ao outro lado do rio.
Depois de uma paragem na ponte para umas fotos, sigo em direcção ao Cachão, pois já não havia mais nenhuma estação ou apeadeiro até lá.Um pouco mais a frente deparo com uns enormes rochedos do outro lado do rio, sem dúvida, belo de se ver!
Já bem perto do Cachão encontrei algumas papoilas, entre as quais havia uma branca, fiquei impressionado, pois nunca tinha visto uma papoila branca.
Já avistava o Complexo do Cachão, estava a aproximar-me do fim de mais uma etapa. Ao passar junto ao Complexo do Cachão o cheiro não era nada agradável.
Depois de passar a ponte metálica ali estava eu junto à Estação, eram 16:50 horas.
Completei assim mais uma etapa, cheia de emoções e paisagens magníficas que a linha e o rio proporcionam.