sexta-feira, 27 de junho de 2008

CODEÇAIS

Aldeia do Concelho de Carrazeda de Ansiães.
A aldeia de Codeçais está colocada na encosta de uma elevação onde o Cemitério parece formar o cume e a Igreja o meio da aldeia, um pouco mais abaixo. O crescimento da povoação fez-se para a estrada que de Pereiros vai para Brunheda. Codeçais fica a cerca de 12,5 quilómetros de Carrazeda de Ansiães e faz fronteira com Murça e Mirandela e o rio Tua a banhar-lhe parte do termo. É atravessada por alguns ribeiros, como o Ribeiro da Fonte, o Ribeiro do Videiral e o Ribeiro do Vale da Corsa. Em 21 de Maio de 1901 é criada ali uma Escola Primária Mista. Já nessa altura, a actividade principal era a agricultura cuja produção ainda é o Vinho do Porto. Mas há azeite, amêndoa, hortaliças, maçã, cerejas, pêras e muita cortiça. Tem alguns emigrantes que regressam à sua terra natal, comprando terrenos, agricultando-os e construindo as suas casas. Esta aldeia tem um café (mas chegou a ter três tabernas), um minimercado, um ferrador e um pastor. O Lagar de Azeite já não funciona, e havia também um grande Lagar de Vinho, "dos Mesquitas", que fazia vinho tratado. Ainda lá se encontram os armazéns com grandes tonéis e pipas. Nesses velhos tempos até a aldeia tinha Regedor. Em Codeçais há também um alambique para fazer a aguardente onde o público pode destilar o "bagaço" ou cangaço do vinho. Fornos de cozer o pão, só os particulares, mas tinham o Forno do Povo. Foi terra onde se produzia muito linho e até houve uma fábrica de seda. Ainda existe um tear mas não é utilizado há muito tempo. Há pouco mais de um ano deixou também de haver sapateiro por falecimento do que havia, e porque ninguém lhe quer seguir a arte. Em frente da Igreja, do outro lado, está o Campo de Futebol. Perto fica a Eira do Gavião que servia para malhar o cereal com o malho ou mangueira, e tinham também a Eira da Fonte. Para transformar o grão em farinha havia a Azenha no Rio Tua, da qual ainda restam vestígios. Tem um Chafariz, e uma Fonte Velha em pedra ao ir para a Escola Primária. Esta é frequentada por 8 alunos e funcionou ainda nos Armazéns dos Mesquitas até cerca de 1963. A estação da CP da Linha do Tua a cerca de 2 km tem sido quase o único transporte público da povoação. Os locais de encontro nos tempos de lazer são a Rua do Cruzeiro, nas escadas e à volta dele, o Bairro Novo ou a Rua dos Olmos. Conversam, jogam à Sueca, mas também ao Chino (Pino). As mulheres fazem meia com agulhas, ou na renda, nas escadas exteriores de suas casas. Para ir à missa, só de 15 em 15 dias, pois o pároco vai de Freixiel. A Festa principal da aldeia é à Imaculada Conceição dia 8 de Dezembro. Codeçais tem uma Associação Cultural e Recreativa que costuma fazer o Cortejo Carnavalesco, revive o Cantar dos Reis, e, no verão, faz representações teatrais. A sede da Associação é o antigo edifício da escola primária.

SAMPAIO

Sampaio é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Flor, com 8,92 km² de área e 192 habitantes (2001). Densidade: 21,5 hab/km².
Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era composto pelas freguesias da sede e de Lodões. Tinha, em 1801, 336 habitantes e 17 km².
A aldeia fica situada a 250 metros de altitude e a 6 Kms de Vila Flor, Conta com 192 habitantes.
A Igreja velha de Santo André, barroca, muito deteriorada e em ruína, é a única do concelho onde se podem ver os caixões das sepulturas. Foi substituída como igreja matriz por a capela do Santíssimo também conhecida por capela de Nossa Senhora do Rosário.
O padroeiro da aldeia é Santo André, (30 de Novembro).

Imagem no mapa

SAMPAIO


SAMPAIO


VILA FLOR

Vila Flor, está situada a mais de quinhentos metros de altitude, estendendo-se por uma área total de cerca de 32 Km2. Da beleza natural da freguesia, destacam-se os vinhedos e olivais, assim como os fraguedos salpicados por pequenos ramos de giesta, urze e rosmaninho.Conta a lenda que D. Dinis, no caminho para a raia de Miranda, ao encontro de sua noiva - Isabel de Aragão, achou o lugar tão belo e florido que, a jeito de trovador, lhe chamou ”FLOR”. Desconhece-se qualquer documento anterior ao século XIII que fale da existência deste povoado, mas há quem avente que a sua fundação remonta ao século XI, após o declínio das invasões mouriscas e ao início da política real de repovoamento do território. O nome de Vila Flor aparece, pela primeira vez, referenciado no Foral de 24 de Agosto de 1286, outorgado pelo Rei Poeta, que manda erguer em seu redor uma cinta de muralhas com cinco portas em arco, restando actualmente apenas uma - a Porta sul ou Arco de D. Dinis. É então que o nome desta vila passa de Póvoa de Além Sabor para Vila Flor.

VILA FLOR

O património religioso e senhorial edificado, as paisagens e locais naturais de rara beleza, fazem com que a freguesia de Vila Flor ofereça diversos pontos de interesse dignos de visita. É o caso da famosa Fonte Romana, antiga Fonte do poço, uma fonte quinhentista, com quatro pilares e seis colunas jónicas que suportam uma cúpula de tijolo. A Rua Nova é uma das ruas mais antigas de Vila Flor, situando-se nas imediações do Arco de D. Dinis. Foi em tempos habitada pelos judeus, onde desenvolviam os seus negócios. Perto da Rua Nova, encontra-se a Rua do Saco, também muito antiga, onde podem ver-se algumas casas tradicionais. Ambas foram alvo de intervenção recente, quer a nível de iluminação quer do pavimento. O Solar dos Aguillares, exemplar raro de habitação senhorial dos primeiros donatários de Vila Flor, do século XII/XIV, é hoje o Museu Municipal, onde se exibem as colecções de pintura, de arqueologia e etnografia, artesanato africano, arte sacra, numismática e medalhística de Raul Sá Correia. A Igreja Matriz , dedicada a S. Bartolomeu - o padroeiro - foi edificada em substituição de uma anterior que em 1708 foi demolida, é essencialmente barroca, sendo os altares colaterais em talha dourado século XVII, trazidos da Falperra, em Braga. Possui um painel de Manuel de Moura, pintor vilaflorense do século XIX. No seu interior sobressai a Capela da Senhora da Piedade, onde estão sepultados os Condes de Sampaio - donatários de Vila Flor após D. João I - com o respectivo brasão, existem ainda peças de valor incalculável, algumas delas expostas já no Vaticano. Com "uma frontaria muito elegante e bem ornamentada", a igreja é, no seu conjunto, "uma das mais sumptuosas do distrito". A Igreja da Misericórdia situa-se no Largo do Rossio. No local onde existe agora esta igreja parece ter existido, quase desde o tempo da fundação da vila, uma capela. Perto do centro histórico da freguesia, encontra-se o Largo do Rossio, onde se podem ver alguns solares brasonados, a Igreja da Misericórdia e ainda o poço no centro da praça, que data de 1861 e, depois de alguns anos “escondido” foi recolocado em 1999, dado que o espaço teve obras de remodelação. A Casa de família de Raúl Sá Correia, é considerado o melhor solar joanino do concelho de Vila Flor e um dos mais belos do distrito. É uma joia arquitectónica do Séc. XVIII, que embeleza todo o núcleo histórico, onde se insere. O edifício da Câmara Municipal, construído por volta de 1940, situa-se na Av. Marechal Carmona, avenida principal da vila. Neste local pode ver-se o Centro Cultural, diversas esplanadas e é ainda um local onde muitos vilaflorenses passeiam, especialmente nas agradáveis noites de verão. Destaque ainda para a Capela de S. Lourenço, erguida na aldeia do Arco em honra ao santo padroeiro, S. Lourenço e a Capela de Santa Luzia que já foi mesquita árabe. No campo paisagístico há a salientar o Monte de Nossa Senhora da Lapa, de onde se obtém uma surpreendente panorâmica. Um calcetamento condigno, um parque de merendas, uma boa iluminação e um parque infantil, fazem dele um local digno de visita. No que toca à cultura, é de assinalar o Centro Cultural de Vila Flor, que acolhe actividades culturais muito diversificadas ao longo do ano.
Do concelho de Vila FLor fazem parte 19 freguesias, sendo uma delas Sampaio.

RIO SABOR


O rio Sabor é considerado o último rio selvagem de Portugal devido à ausência de barragens ao longo dos mais de 120 km do seu percurso através de Trás-os-Montes, ao isolamento do seu vale e à grande diversidade de habitats naturais e espécies que aí ocorrem. Contudo, paira sobre este santuário natural o peso da possível decisão de construção de uma grande barragem no seu troço inferior, que submergirá cerca de 50% da extensão nacional do rio.

MONCORVO EM FLOR


TORRE DE MONCORVO

Torre de Moncorvo teria nascido de uma remota Vila da Alta Idade Média, que em antigos documentos vem designada Vila Velha de Santa Cruz da Vilariça, situada no topo da margem direita do Rio Sabor e nas proximidades do núcleo de vida pré-histórica do Baldoeiro.
Segundo a tradição, os habitantes desta povoação, devido à insalubridade do local muito sujeito às emanações palustres e, talvez, também, em consequência dos estragos sofridos com as Razias Mouriscas tão frequentes na época abandonaram-na deslocando-se para o ponto mais arejado no sopé da Serra do Roboredo. De qualquer maneira, a ter-se dado o abandono da Vila de Santa Cruz da Vilariça, este ter-se-ia processado nos fins do séc. XIII. No principio desse século existia ainda a Vila de Santa Cruz da Vilariça e dava sinais de relativa vitalidade, pois recebeu de D. Sancho II, em 1225, uma carta foral que lhe concedia importantes isenções e regalias fiscais e penais.
Quanto à origem do topónimo de Torre de Moncorvo, segundo as Memórias Paroquiais de 1978, " hé tradição que se mudava da Villa de Santa Cruz pela multidão de formigas, que não só faziam dano considerável em todos os viveres, mas aos mesmos viventes lhe cauzavão notável opressão, e resolvendo-se a evitar estes incomodos forão para o pé do Monte Reboredo aonde havia uns cazaes de que era senhor um homem chamado Mendo, o qual dizem que na sua casa tinha uma torre e domesticando nela um corvo. Crescendo depois a povoação e tendo o foral de Villa lhe chamarão de Villa de Mendo do Corvo, que com fácil corrupção se continuou a chamar a Villa de Moncorvo".

Seja como for, o certo é que só a partir do tempo de D. Dinis, no pensar do erudito padre Francisco Manuel Alves, Moncorvo adquire "o seu incremento". Este Rei concede-lhe foral em 12 de Abril de 1285 passando então o concelho a ter nova sede e nova designação que seria o Concelho de TORRE DE MONCORVO.
Em 1372 D. Fernando considera Moncorvo como uma vila das melhores de "Tralus Montes" e atendendo à valentia dos seus moradores, demonstrada nas guerras com os castelhanos, dá-lhe como termo as vilas de Vilarinho da Castanheira e a de Mós.
D. Manuel I, a 4 de Maio de 1512, concede a Moncorvo novo foral depois de visto o foral da dita vila dado por el-rei D. Dinis. Entretanto ao mesmo tempo do foral começa a erguer-se o padrão manuelino da Igreja Matriz, já extra-muros, dominadora e acolhedora e o casario acantoa-se à sua volta.
Segundo Duarte Nunes de Leão em 1609, Torre de Moncorvo era uma das grandes correições em que se dividia judicialmente o País. Estava a par de correições tais como Miranda, Vila Real e Coimbra de grande extensão e relevo.
Padre Joaquim M. Rebelo

IGREJA TORRE DE MONCORVO


A Igreja Matriz de Moncorvo é templo de maiores dimensões em Trás-os-Montes e tem como orago Nossa Senhora da Assunção. A fachada principal, inserida numa imponente torre de cantaria que lhe acentua a verticalidade, ostenta um portal renascença de arco pleno, flanqueado por dois pares de colunas coríntias assentes em plintos comuns. Entre os colunelos, duas edículas e duas imagens. Sobre o entablamento, surge outro conjunto iconográfico, constituído por três imagens entre colunas da mesma ordem mas menores, dentro de nichos barrocos, recortados em concha. Rematando a composição, rasga-se uma janela envidraçada também de arco pleno, recortada entre dois colunelos e sobrepujada por um frontão vazado assente na arquitrave. No registo superior abrem-se duas janelas de verga recta, sobrepujadas pelas ventanas dos sinos, em arco de volta perfeita. A cerca de 30 metros de altura, no topo da torre, situa-se uma balaustrada em granito. O alçado lateral sul apresenta-se apoiado em sete contrafortes, existindo entre o terceiro e o quarto um portal protegido por um enorme alpendre abobadado, que ostenta a data de 1567 e inclui uma imagem de Nossa Senhora do Coberto. O alçado lateral norte mostra igual número de contrafortes e apresenta um portal em arco pleno, tendo nele sido esculpida a data de 1566 e um relevo mostrando a imagem do Padre Eterno. O alçado posterior apresenta uma capela-mor com três vãos de iluminação.Tem-se acesso ao interior através de um endonártex. O interior apresenta três naves de cinco tramos, sensivelmente à mesma altura. Oito grandiosas colunas, rematadas em capitéis discóides, suportam as três pesadas abóbadas polinervadas em granito. A igreja possui quatro altares laterais, sendo os do lado da epístola dedicados a Santo António e às Almas e os do lado do evangelho dedicados a Nossa Senhora do Rosário e aos apóstolos Pedro e Paulo. Ainda deste lado está exposto um tríptico do século XVII, com três cenas da vida de São Joaquim e Santa Ana: uma representa a Revelação profética de um anjo a S. Joaquim e o encontro deste com a esposa à Porta Áurea de Jerusalém; outro, o casamento de S. Joaquim com a futura Mãe da Virgem; o outro, a Apresentação do Menino Jesus pela Virgem a Santa Ana. A capela-mor, quase da altura das naves, apresenta igualmente uma bela abóbada de pedra, já não polinervada, mas esquartelada e pintada, fingindo caixotões. O altar-mor ostenta um precioso retábulo setecentista, executado em 1752 por Jacinto da Silva. As paredes estão pintadas com frescos da autoria de Francisco Bernardo Alves, representando a "Última Ceia" e "A Virgem Comungando". Sob os frescos subsistem as duas filas do antigo cadeiral do cabido.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Amendoa

Torre de Moncorvo é a uma das regiões do nordeste transmontano, onde se pode encontrar alguns hectares de amendoeiras, trasendo na altura da amendoeira em flor uma grande afluência de visitantes a esta região, ficando maravilhados com os mantos brancos que as amendoeiras nos proporcionam. Também famosas são as amendoas doces de Torre de Moncorvo.

terça-feira, 24 de junho de 2008