terça-feira, 13 de setembro de 2011

Castedo

Terra onde nasci
Terra onde brinquei
Terra onde vivi
Onde algum tempo estudei.

Cedo me viste partir
Hoje estou a recordar
O dia em que tive que ir
Para longe para ultramar.

Aldeia de Trás-os-Montes
Recordo a água pura
Que atravessava os montes
E jorrava em tuas fontes.

Recordo mulheres que levavam
Que levavam água fresca
Em cântaros que transportavam
E os levavam à cabeça.

Recordo-me do bem e do mal
Recordo tudo tão bem
Que uma criança normal
Em sua memória retém!


Viste-me regressar mais tarde
Mais tarde quando voltei
Eu não pude ai ficar
Mas foi bem perto que fiquei.
.
Muito perto e tão longe
Quando te quero visitar
Faço-o de longe a longe
Mas sempre a recordar.

Há saudades que ainda
Ainda não consegui matar
Lugares desta terra minha
Que ainda não fui visitar.

Por isso Castedo digo
Eu digo e volto a dizer
Gostava Castedo amigo
De ai voltar a viver.



(Poema de Abílio Aires, extraido das páginas 16 e 17 do Livro "Castedo Minha Terra")

Click nas imagens para aumentar

Sem comentários: