Terra onde nasci
Terra onde brinquei
Terra onde vivi
Onde algum tempo estudei.
Cedo me viste partir
Hoje estou a recordar
O dia em que tive que ir
Para longe para ultramar.
Recordo mulheres que levavam
Que levavam água fresca
Em cântaros que transportavam
E os levavam à cabeça.
Recordo-me do bem e do mal
Recordo tudo tão bem
Que uma criança normal
Em sua memória retém!
Viste-me regressar mais tarde
Viste-me regressar mais tarde
Mais tarde quando voltei
Eu não pude ai ficar
Mas foi bem perto que fiquei.
.
.
Muito perto e tão longe
Quando te quero visitar
Faço-o de longe a longe
Mas sempre a recordar.
Há saudades que ainda
Ainda não consegui matar
Lugares desta terra minha
Que ainda não fui visitar.
Por isso Castedo digo
Eu digo e volto a dizer
Gostava Castedo amigo
De ai voltar a viver.
(Poema de Abílio Aires, extraido das páginas 16 e 17 do Livro "Castedo Minha Terra")
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