Dia 3 de Maio, foi dia de visita ao castelo de Bragança.
A construção do
Castelo iniciou-se em
1409 e terminou trinta anos depois, é constituído por um extenso conjunto de muralhas com um perímetro de 660 metros, que formam quatro recintos individualizados entre si. Conta com quinze torres ou cubelos e outros tantos panos de muro, com a espessura média de dois metros, com três portas (duas Portas de Santo António e a Porta do Sol) e dois postigos (a Porta da Traição e o postigo do Poço do Rei).
Na figura acima ve-se o sepulcro que se encontra no interior do castelo.
A Torre da Princesa, situada no interior das muralhas do castelo, foi realizada com fins militares e nas suas origens serviu de dependência para governadores e alcaides. Seu ponto mais alto é o formoso miradouro desde o que se obtém umas maravilhosas vistas panorâmicas de todo o seu entorno. Conta a lenda que uma princesa esteve na torre, daí surgiu o seu nome. A lenda da Torre da Princesa
"A tradição local refere que há muito, quando a povoação ainda era a aldeia da Benquerença, existiu uma bela princesa órfã, que ali vivia com o seu tio, o senhor do castelo. Esta princesa apaixonou-se por um nobre, valoroso e jovem cavaleiro, porém carente de recursos. Por esse motivo, o jovem partiu da aldeia em longa jornada em busca de fortuna, promentendo retornar apenas quando se achasse digno de pedir-lhe a mão. Nesse ínterim, durante anos a fio, a jovem recusou todos os seus pretendentes, até que o seu tio, impaciente, prometeu-a a um amigo, forçando-a ao compromisso.
Ao ser apresentada ao candidato do tio, a jovem confessou-lhe que o seu coração pertencia a outro homem, cujo retorno aguardava há anos. A revelação enfureceu o tio, que decidiu aumentar a coerção por meio um estratagema: nessa noite, disfarçou-se como um fantasma e, penetrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, simulando ser o fantasma do jovem ausente, afirmou-lhe com voz lúgubre, que ela estava condenada para sempre à danação, caso não aceitasse casar-se com o novo pretendente. Prestes a obter um juramento por Cristo por parte da princesa, milagrosamente abriu-se a outra porta e, apesar de ser noite, um raio de sol penetrou nos aposentos, desmascarando o tio impostor. Daí em diante, a princesa passou a viver recolhida na torre que hoje leva o seu nome, e as duas portas passaram a ser conhecidas como Porta da Traição e Porta do Sol, respectivamente." A
Igreja de Santa Maria, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Sardão, situa-se no interior das muralhas do castelo. É um templo de origem românico, considerado um dos mais antigos da cidade, com motivos barrocos devido a sua restauração no século XVIII.
A
Domus Municipalis é o símbolo de Bragança e é o único edifício do país de arquitectura civil românica. Não se sabe exactamente a sua data de criação, mas existem documentos que indicam que foi construída nos primeiros anos do século XV, coincidindo com a construção do castelo. Tem forma de um pentágono irregular composto por um depósito de água subterrânea e uma ampla galeria com janelas a sua volta, lugar onde se reuniam os membros do concelho para debater os negócios do governo e a administração de justiça.
No Castelo, tem ainda destaque, o Museu Militar, fundado no ano de 1932 pelo coronel António José Teixeira, ocupando actualmente os três andares da Torre de Menagem. No museu se exibe a evolução do armamento leve entre os séculos XVI e XX, destacando a colecção particular do coronel e as peças doadas pelos militares que participaram nas guerras de África e de França, durante a 1ª Guerra Mundial. Como dentro do castelo não é permitido tirar fotografias, ficam aqui as imagens militares colocadas no exterior.